SOCIÓLOGO ANTONIO MATEUS SOARES
As figurações da família brasileira se assenta no modelo histórico de nossa colonização, correspondendo ao patriarcalismo, a consangüinidade e a hierarquização de valores e de posicionamento entre os membros da família. O modelo histórico, que deixa marcas na contemporaneidade apresenta um contexto apoiado na ideia de posse dos pais em relação aos filhos e na introjeção de regulações rígidas no quadro da moral, quê em certos contextos se apóia na dependência econômica e emocional.
A família brasileira pode ser caracterizada a partir do modelo burguês, que se edifica a partir de construções associadas a uma estrutura patriarcal, autoritária, monogâmica, e que defende à domesticidade dos conflitos de sexo e idade, como princípio hierárquico regulador. Embora, tenhamos vivenciado momentos de fragilização dos laços societais no que refere a manutenção das influências históricas na instituição família, esta entidade tem demonstrado grande capacidade de resistência e de adaptação no que concerne à manutenção do ordenamento social, por vezes fissuradas, mas não deslegitimada enquanto instituição basilar.
A família brasileira moderna, se institui de diversas formas, mas não foge de uma estrutura nuclear ou conjugal, que consiste em um acordo relacional entre parceiros e parceiras, que decidem ou não ter filhos, biológicos ou adotados, habitando em um espaço familiar comum. Assim, é fato que as transformações vivenciadas pela família brasileira acompanham as alterações religiosas, econômicas e culturais de uma forma a renovar seus formatos, sem destituir-se de alguns alinhavos históricos.
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